A história de sucesso de Quipux, o colombiano que chegou ao Senegal e à Costa do Marfim
Hugo Zuluaga, presidente da empresa, que tem 22 anos de história e está presente em cinco mercados, falou sobre os projetos da Quipux para este ano.
Que tipo de projetos a Quipux está desenvolvendo atualmente?
Nosso foco é criar modelos que ofereçam suporte a serviços de mobilidade na cidade em torno dos temas veículos, motoristas e transporte público. Apoiamos governos e geramos estatísticas setoriais.
Em quais projetos você está trabalhando na Colômbia?
Há um piloto em teste na região metropolitana de Itagüí que permite à polícia, por meio de dispositivos móveis, receber informações quilômetros após um veículo passar por um radar. Dessa forma, o agente de trânsito pode realizar operações e verificar a situação das licenças. É um processo de máquina para máquina. Além disso, não se aplica apenas aos veículos de Itagüí, pois a Polícia Nacional tem bancos de dados muito bem mantidos.
No caso de Bogotá, solicitamos uma licitação ao ETB para um plano piloto. Esta é a primeira fase dos sistemas de detecção eletrônica automática e contará com 20 pontos espalhados pela cidade. O piloto terá duração de 20 meses, e os resultados do prêmio serão anunciados entre 11 e 17 de julho.
Além da Colômbia, em quais países vocês atuam atualmente?
Estamos localizados na maioria das principais cidades da Colômbia, Brasil, Costa do Marfim e Canadá. Abrimos uma subsidiária no Senegal há um mês e estamos desenvolvendo um projeto para o Canadá.
Vocês são uma das empresas colombianas que fazem sucesso na África. Como foram as coisas na Costa do Marfim?
Quando chegamos ao país, eles não tinham bancos de dados. Agora sabemos quem é o dono do veículo, onde os donos moram, entre outros detalhes. Com a plataforma tecnológica que criamos, o governo tem o controle do setor de transporte em todo o país, e os cidadãos, em sua maioria de baixa renda, têm acesso a centros de atendimento com cobertura nacional.
Você desenvolveu um projeto em São Paulo que ajudou a controlar o roubo de carros. Conte-nos do que se trata
O que estava acontecendo nesta cidade era que havia uma alta taxa de roubo de veículos e peças usadas. Há três anos, entramos nesse mercado com uma plataforma tecnológica que ajuda a regular o sistema, conseguindo uma redução de 30% nos roubos de veículos e peças usadas. O governador de São Paulo criou uma lei para regulamentar esse mercado, e nós participamos do desenvolvimento da plataforma para controlar esse comércio.
Quantos funcionários você tem nesses mercados?
Diretamente, temos 300 funcionários. No caso da Costa do Marfim, geramos 600 empregos indiretos e, no Brasil, 2.500 empregos indiretos.
Quais são suas expectativas de expansão?
Esperamos crescer quase 25%, alcançar mais mercados internacionais e lançar produtos mais inovadores. Estamos de olho no Paquistão e em Honduras.
Como você vê o país em termos de segurança no trânsito?
O país fez grandes esforços para modernizar a tecnologia e as regulamentações. A Colômbia está se tornando uma referência muito importante na América Latina e, no nosso caso, é muito importante para a África.
Marca com reconhecimento internacional
A Quipux foi reconhecida pela Associação de Transporte de Quebec, no Canadá, em 14 de junho, pelo modelo de mobilidade tecnológica implementado em Medellín. Para Hugo Zuluaga, presidente da empresa, este prêmio é muito significativo, pois a organização que o concedeu é especialista em questões de segurança viária. Além disso, para o executivo, o Canadá é um país modelo nesse sentido, pois “administra bem o transporte público e há uma forte cultura cívica em relação ao transporte”.
Fonte: La República – 24 Jun 2017 – 14:00 PM